Símbolo de riqueza e importante fator econômico em todas as épocas, a ponto de ter servido de padrão internacional de conversão de moedas por mais de um século, o ouro encontrou novas aplicações, no fim do século XX nas indústrias eletrônica e espacial.
O ouro, elemento químico do símbolo Au, é um metal de cor amarela, denso e brilhante. O ouro é, de todos os metais, o conhecido há mais tempo, pois era empregado desde o V milênio a.C. Sua bela cor amarela, a inalterabilidade e a raridade fazem dele o metal precioso por excelência. Com densidade 19,5, funde-se a 1.064º C e emite vapores violeta a temperaturas mais elevadas. É o mais maleável e o mais dúctil de todos os metal; pode ser reduzido a folhas de 1/10.000mm de espessura, que deixam passar uma luz verde. É, porém, bastante mole, o que obriga a misturá-lo como o cobre. Inalterável no ar em qualquer temperatura, é atacado pelo cloro e o bromo e dissolve-se no mercúrio. Nenhum ácido isolado age sobre ele, mas é dissolvido pela água-régia, mistura de ácidos clorídrico e nítrico. Trivalente nos sais áuricos, que são os mais importantes, o ouro é monovalente nos sais aurosos. Seu composto mais corrente é o cloreto áurico AuCl3, que forma cristais prismáticos vermelhos e cuja solução é amarela. Esta age como oxidante sobre os sais ferrosos, o ácido sulfuroso, as matérias orgânicas, com precipitação de ouro metálico púrpura. Com os sais de estanho, dá a púrpura de Cassius, empregada na pintura em porcelana. O cloreto de ouro forma com o ácido auroclorídrico HAuCl4. Os sais de ouro também dão complexos com os cianetos.
O ouro, elemento químico do símbolo Au, é um metal de cor amarela, denso e brilhante. O ouro é, de todos os metais, o conhecido há mais tempo, pois era empregado desde o V milênio a.C. Sua bela cor amarela, a inalterabilidade e a raridade fazem dele o metal precioso por excelência. Com densidade 19,5, funde-se a 1.064º C e emite vapores violeta a temperaturas mais elevadas. É o mais maleável e o mais dúctil de todos os metal; pode ser reduzido a folhas de 1/10.000mm de espessura, que deixam passar uma luz verde. É, porém, bastante mole, o que obriga a misturá-lo como o cobre. Inalterável no ar em qualquer temperatura, é atacado pelo cloro e o bromo e dissolve-se no mercúrio. Nenhum ácido isolado age sobre ele, mas é dissolvido pela água-régia, mistura de ácidos clorídrico e nítrico. Trivalente nos sais áuricos, que são os mais importantes, o ouro é monovalente nos sais aurosos. Seu composto mais corrente é o cloreto áurico AuCl3, que forma cristais prismáticos vermelhos e cuja solução é amarela. Esta age como oxidante sobre os sais ferrosos, o ácido sulfuroso, as matérias orgânicas, com precipitação de ouro metálico púrpura. Com os sais de estanho, dá a púrpura de Cassius, empregada na pintura em porcelana. O cloreto de ouro forma com o ácido auroclorídrico HAuCl4. Os sais de ouro também dão complexos com os cianetos.
Mineral ativo, o ouro cristaliza-se no sistema cúbico (monométrico, isométrico ou regular), e são raros os cristais distintos e perfeitos. Ocorre comumente em formas arborescentes alongadas e não tem clivagem, ou seja, fragmentação em planos.
Ocorrência e obtenção:
O ouro está amplamente distribuído na natureza, embora encontrado em concentrações escassas. Normalmente encontrado em rochas magmáticas, na forma de partículas de várias dimensões, o ouro também ocorre em rochas sedimentares e freqüentemente em conexão com rochas metamórficas. Encontra-se, mais freqüentemente e em quantidades apreciáveis, em depósitos sedimentares clásticos denominados placers.
Quando associado ao quartzo, o ouro é encontrado de maneira irregular, em pequenas lâminas (freqüentemente invisíveis a olho nu), cordões e mesmo massas de cristais. Os minerais que comumente acompanham o ouro são: pirita. calcopirita, galena, esfalerita, arsenopirita, terradimita, minerais de telúrio, bismuto nativo, arsênico nativo, estibinita, cinábrio, magnetita, barita, xilita, apatita, fluorita, siderita e crisocola.
Durante muito tempo o ouro não foi diretamente obtido dos veios de quartzo, mas de depósitos secundários encontrados nos vales, nas encostas de montanhas ou colinas e no leito dos rios. O ouro aí encontrado apresenta-se usualmente puro, em massas denominadas pepitas quando atingem certas dimensões. Atualmente são mais raros os depósitos sedimentares, e o ouro é obtido diretamente da rocha matriz.
Embora o ouro em quase todas as regiões da Terra, sob as mais diversas condições de ocorrência. No Brasil, durante muito tempo os depósitos mais importantes estiveram ao longo da serra do Espinhaço, em Minas Gerais, e a mina de Ouro Velho, nas proximidades de Belo Horizonte, é uma das mais profundas do mundo. Entretanto, na segunda metade do século XX a principal área de extração foi a Amazônia, com destaque para os seguintes garimpos: Serra Pelada, rio Tajapós, rio Aman, rio Paraguai e rio Madeira.
Sob o ponto de vista da extração, as minas de ouros pertencem a dois tipos. No primeiro tipo, as minas de rochas auríferas, geralmente localizadas em filões, o teor do minério é da ordem de 6 a 12 gramas de ouro puro por tonelada de terra e rocha. A exploração desse tipo de mina pode ser feita a mais três mil metros de profundidade. O segundo tipo, as minas de depósitos aluvionais auríferos, é de exploração bem mais fácil. O trabalho se faz por meio de dragas, e os teores de minerais são mais baixos que nas minas do primeiro tipo.
Na exploração de veios subterrâneos (filões), o metal é triturado, lavado e submetido à amalgamação, processo que consiste na mistura dos grânulos de ouro com mercúrio em placas de cobre, para separá-los da ganga. O metal puro é obtido por destilação do amálgama. Em outros casos, essa última fase é substituída pela reação do ouro com cianureto de sódio, com posterior precipitação do metal puro por reação com zinco ou alumínio.
O tratamento do ouro encontrado nas areias de aluvião é bem mais simples. A massa arenosa fina passa por calhas transportadoras equipadas de de desbastadores e chega a coadores com fundo revestido de veludo filetado. Também se podem utilizar as mesas de balanço e eventualmente e flotação. O ciclo da extração, quase sempre finalizado com amalgamação, inclui ainda a refinação, quando o ouro contém impurezas, que podem ser eliminadas por copelação, por via química (pela ação do cloro ou do ácido sulfúrico) ou por eletrólise.
Aplicações:
Pode ser encontrado em forma relativamente pura na natureza, e pela singularidade de suas propriedades físicas, o ouro tornou-se o mais apreciado dos metais, muito utilizado desde a antiguidade em joalheria, ourivesaria e decoração. Artesões egípcios, monóicos, assírios e estruscos criaram belos e elaborados trabalhos de arte em ouro, material que era aceito na troca por bens serviços.
Em joalheria, o ouro é geralmente empregado em liga com a prata e cobre (ouro amarelo), com níquel (ouro branco), paládio ou platina. O ouro puro diz-se ouro fino; e a liga com menor teor de ouro é chamada de ouro baixo. O ouro é classificado por quilate, que cada uma das partes em peso do metal usado em liga. Uma liga de 12 quilates contém cinqüenta por cento de ouro, enquanto a de 24 quilates é ouro em estado puro. Quando os quilates são estipulados por lei, diz-se que o ouro é de lei.
Por sua elevada condutibilidade elétrica e resistência a agentes corrosivos, o ouro é empregado na indústria elétrica e eletrônica, no revestimento de circuitos impressos, contatos, terminais e sistemas semicondutores. Películas muito finas de ouro, que refletem mais de 98% da radiação infravermelha incidente, são usadas em satélites artificiais para controle de temperatura e nos visores dos trajes espaciais, como proteção. Da mesma forma, essas películas, aplicadas às janelas dos grandes edifícios comerciais, reduzem a necessidade de ar-condicionado e conferem maior beleza às fachadas. Na área de saúde, o ouro tem aplicação na odontologia, para obturação, e o ouro radioativo se usa na cintilografia do fígado.
Mais de metade da produção mundial de ouro é adquirida pelos bancos centrais de todos os países para construir reserva monetária. Além disso, como garantia do papel-moeda em circulação, o ouro pode ser utilizado para cobrir diferenças nas balanças de pagamentos dos diferentes países.
A adoção do ouro como unidade de conta pelos diferentes sistemas monetários conduziu ao estabelecimento do padrão-ouro, posto em vigor pela primeira vez no Reino Unido em 1821. Tal padrão estipulava relações fixas pelas quais qualquer moeda poderia ser convertida em seu valor em ouro. Depois da primeira guerra mundial, no entanto, o número de países que garantiam a conversão da sua moeda em ouro passou a ser cada vez menor, e a prática foi totalmente extinta, após ser abandonada pelos Estados Unidos, último país a adotá-la.
Produção:
A produção mundial anual aproxima-se, hás vários anos, de 1.500 toneladas. Um pouco mais da metade provém da África do Sul, e provavelmente um terço da Rússia. em abaixo, vêm o Canadá, E.U.A., Japão, Gana, com uma contribuição unitária que varia de 20 a 60 toneladas. Como o ouro da Rússia é parcimoniosamente comercializado, compreende-se a primazia no mercado mundial da África do Sul, onde o nível de extração é, em contrapartida, estreitamente tributário das cotações e das perspectivas (a prazo) do produto. Em 1977, a produção no Brasil beirava as cinco toneladas. Descobriram-se depois ricas jazidas (Carajás), cujo aproveitamento procura racionalizar.
Economia:
O ouro cessou, historicamente, de ver seu papel monetário degradar-se. As moedas, primitivamente constituídas por um metal precioso, depois apenas conversíveis nesse metal, a seguir ligadas (de maneira frouxa) a este, acabam por separar-se dele quase complemente. Uma das razões do enfraquecimento do papel monetário do ouro deve-se ao fato de que suas cotações flutuam livremente e de que ele, portanto, não pode servir de padrão para o sistema monetário internacional; além do mais, a convertibilidade em ouro do dólar, principal moeda internacional, não está assegurada, desde 1971.
Ocorrência e obtenção:
O ouro está amplamente distribuído na natureza, embora encontrado em concentrações escassas. Normalmente encontrado em rochas magmáticas, na forma de partículas de várias dimensões, o ouro também ocorre em rochas sedimentares e freqüentemente em conexão com rochas metamórficas. Encontra-se, mais freqüentemente e em quantidades apreciáveis, em depósitos sedimentares clásticos denominados placers.
Quando associado ao quartzo, o ouro é encontrado de maneira irregular, em pequenas lâminas (freqüentemente invisíveis a olho nu), cordões e mesmo massas de cristais. Os minerais que comumente acompanham o ouro são: pirita. calcopirita, galena, esfalerita, arsenopirita, terradimita, minerais de telúrio, bismuto nativo, arsênico nativo, estibinita, cinábrio, magnetita, barita, xilita, apatita, fluorita, siderita e crisocola.
Durante muito tempo o ouro não foi diretamente obtido dos veios de quartzo, mas de depósitos secundários encontrados nos vales, nas encostas de montanhas ou colinas e no leito dos rios. O ouro aí encontrado apresenta-se usualmente puro, em massas denominadas pepitas quando atingem certas dimensões. Atualmente são mais raros os depósitos sedimentares, e o ouro é obtido diretamente da rocha matriz.
Embora o ouro em quase todas as regiões da Terra, sob as mais diversas condições de ocorrência. No Brasil, durante muito tempo os depósitos mais importantes estiveram ao longo da serra do Espinhaço, em Minas Gerais, e a mina de Ouro Velho, nas proximidades de Belo Horizonte, é uma das mais profundas do mundo. Entretanto, na segunda metade do século XX a principal área de extração foi a Amazônia, com destaque para os seguintes garimpos: Serra Pelada, rio Tajapós, rio Aman, rio Paraguai e rio Madeira.
Sob o ponto de vista da extração, as minas de ouros pertencem a dois tipos. No primeiro tipo, as minas de rochas auríferas, geralmente localizadas em filões, o teor do minério é da ordem de 6 a 12 gramas de ouro puro por tonelada de terra e rocha. A exploração desse tipo de mina pode ser feita a mais três mil metros de profundidade. O segundo tipo, as minas de depósitos aluvionais auríferos, é de exploração bem mais fácil. O trabalho se faz por meio de dragas, e os teores de minerais são mais baixos que nas minas do primeiro tipo.
Na exploração de veios subterrâneos (filões), o metal é triturado, lavado e submetido à amalgamação, processo que consiste na mistura dos grânulos de ouro com mercúrio em placas de cobre, para separá-los da ganga. O metal puro é obtido por destilação do amálgama. Em outros casos, essa última fase é substituída pela reação do ouro com cianureto de sódio, com posterior precipitação do metal puro por reação com zinco ou alumínio.
O tratamento do ouro encontrado nas areias de aluvião é bem mais simples. A massa arenosa fina passa por calhas transportadoras equipadas de de desbastadores e chega a coadores com fundo revestido de veludo filetado. Também se podem utilizar as mesas de balanço e eventualmente e flotação. O ciclo da extração, quase sempre finalizado com amalgamação, inclui ainda a refinação, quando o ouro contém impurezas, que podem ser eliminadas por copelação, por via química (pela ação do cloro ou do ácido sulfúrico) ou por eletrólise.
Aplicações:
Pode ser encontrado em forma relativamente pura na natureza, e pela singularidade de suas propriedades físicas, o ouro tornou-se o mais apreciado dos metais, muito utilizado desde a antiguidade em joalheria, ourivesaria e decoração. Artesões egípcios, monóicos, assírios e estruscos criaram belos e elaborados trabalhos de arte em ouro, material que era aceito na troca por bens serviços.
Em joalheria, o ouro é geralmente empregado em liga com a prata e cobre (ouro amarelo), com níquel (ouro branco), paládio ou platina. O ouro puro diz-se ouro fino; e a liga com menor teor de ouro é chamada de ouro baixo. O ouro é classificado por quilate, que cada uma das partes em peso do metal usado em liga. Uma liga de 12 quilates contém cinqüenta por cento de ouro, enquanto a de 24 quilates é ouro em estado puro. Quando os quilates são estipulados por lei, diz-se que o ouro é de lei.
Por sua elevada condutibilidade elétrica e resistência a agentes corrosivos, o ouro é empregado na indústria elétrica e eletrônica, no revestimento de circuitos impressos, contatos, terminais e sistemas semicondutores. Películas muito finas de ouro, que refletem mais de 98% da radiação infravermelha incidente, são usadas em satélites artificiais para controle de temperatura e nos visores dos trajes espaciais, como proteção. Da mesma forma, essas películas, aplicadas às janelas dos grandes edifícios comerciais, reduzem a necessidade de ar-condicionado e conferem maior beleza às fachadas. Na área de saúde, o ouro tem aplicação na odontologia, para obturação, e o ouro radioativo se usa na cintilografia do fígado.
Mais de metade da produção mundial de ouro é adquirida pelos bancos centrais de todos os países para construir reserva monetária. Além disso, como garantia do papel-moeda em circulação, o ouro pode ser utilizado para cobrir diferenças nas balanças de pagamentos dos diferentes países.
A adoção do ouro como unidade de conta pelos diferentes sistemas monetários conduziu ao estabelecimento do padrão-ouro, posto em vigor pela primeira vez no Reino Unido em 1821. Tal padrão estipulava relações fixas pelas quais qualquer moeda poderia ser convertida em seu valor em ouro. Depois da primeira guerra mundial, no entanto, o número de países que garantiam a conversão da sua moeda em ouro passou a ser cada vez menor, e a prática foi totalmente extinta, após ser abandonada pelos Estados Unidos, último país a adotá-la.
Produção:
A produção mundial anual aproxima-se, hás vários anos, de 1.500 toneladas. Um pouco mais da metade provém da África do Sul, e provavelmente um terço da Rússia. em abaixo, vêm o Canadá, E.U.A., Japão, Gana, com uma contribuição unitária que varia de 20 a 60 toneladas. Como o ouro da Rússia é parcimoniosamente comercializado, compreende-se a primazia no mercado mundial da África do Sul, onde o nível de extração é, em contrapartida, estreitamente tributário das cotações e das perspectivas (a prazo) do produto. Em 1977, a produção no Brasil beirava as cinco toneladas. Descobriram-se depois ricas jazidas (Carajás), cujo aproveitamento procura racionalizar.
Economia:
O ouro cessou, historicamente, de ver seu papel monetário degradar-se. As moedas, primitivamente constituídas por um metal precioso, depois apenas conversíveis nesse metal, a seguir ligadas (de maneira frouxa) a este, acabam por separar-se dele quase complemente. Uma das razões do enfraquecimento do papel monetário do ouro deve-se ao fato de que suas cotações flutuam livremente e de que ele, portanto, não pode servir de padrão para o sistema monetário internacional; além do mais, a convertibilidade em ouro do dólar, principal moeda internacional, não está assegurada, desde 1971.
Propriedades físicas e químicas do ouro:
Número atômico:
79
Peso atômico:
196,967
Ponto de fusão:
1.063º C
Ponto de ebulição:
2.966º C
Densidade:
19,3 (20º C)
Estados de oxidação:
+1, +3
Configuração eletrônica:
(Xe)4f145d106s1
Número atômico:
79
Peso atômico:
196,967
Ponto de fusão:
1.063º C
Ponto de ebulição:
2.966º C
Densidade:
19,3 (20º C)
Estados de oxidação:
+1, +3
Configuração eletrônica:
(Xe)4f145d106s1
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